As mãos
Como são belas as mãos
tão meigas sobre o regaço,
felizes como o abraço
fraterno de dois irmãos.
As tuas mãos são assim,
duas aves à espera
dos dias da Primavera
p'ra voarem até mim.
Voam ledas, livremente,
tão brancas, ágeis e leves,
mas tão frágeis e tão breves
em seu voo adolescente!
E pousam devagarinho,
como quem não quer pousar;
hesitam deixam-se estar,
e nas minhas fazem ninho.
António José Queirós
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário