27.
Teus passos nítidos
escapam seguros à espuma
das ondas do solstício
Num ritmo suave
- quase musical –
paras olhas
aspiras a maresia
abres os braços o peito os lábios
soltas o amor
Sigo teus passos
Apresso-me a mergulhar
no sorriso do teu olhar
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7 comentários:
+ palavras para quê?
:D
aspirar a maresia e soltar o amor...que imagem mais bela, jad!
fiquei aqui a sentir o cheiro, o gosto do mar, (que tanto amo, mas mora distante de mim)
coisa boa é o mar...coisa boa também é esse mergulho no sorriso de um olhar
um abraço pra ti
não há combinação mais perfeita que o amor e o mar (não é à toa que o "mar" respira no verbo "amar".
aliás, essa filiação já vinha sugerida no lirismo trovadoresco; nas cantigas d'amigo, distinguia-se o alto mar do mar maior, sendo o primeiro o que devora o amigo distante e o segundo o verdadeiro motivo para a dor da espera: o amor.
belíssmo, texto, jad!
um abraço!
Bom dia, Em@.
Com o atraso que não pude evitar grato pelo enigmático comentário.
abraço
Bom dia, Andrea.
Deste lado do Atlântico os agradecimentos atrasados pela tua presença neste cantinho despretencioso e pelas palavras sempre bonitas.
Abraço
Bom dia, Jorge.
Grato pelas tuas palavras cultas e seguras.
Não nos livramos do mar, como não nos livramos do amor, como não nos livramos da morte. São-nos tão naturais como a maresia que respiramos.
Há, contudo, uma outra associação que os psicanalistas, sobretudo os franceses, apreciam por óbvias razões homófonas e simbólicas: "la mer" e "la mère". E dela eu gosto muito também.
Abraço.
jad:
o meu comentário não tem nada de enigmático, pelo menos na minha intenção ao escrevê-lo.
Prendeu-ser , única e exclusividade, com a antiga questão do "talvez poema". Poderia ter falado da forma e do conteúdo, claro...
Deixa-me ressaltar só só estes versos:
"escapam seguros à espuma
das ondas do solstício"...
beijo, jad
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