Era o início do dia, os mecânicos cumprimentavam-se. Saudavam-se sorridentes. Ele vestia de azul, calças e tshirt, barriga saliente, redonda, de cerveja, diz-se. Cruzou-se com outro mecânico entre automóveis de boca aberta. Saudou-o.
Ainda bem que te beijo.
Beijo de ver
não de beijar
que isso não é para homens.
Gargalharam, cúmplices e satisfeitos na sua masculinidade sublinhada.
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4 comentários:
E biba a pronúncia do Nuorte, carago!
Achei este texto delicioso, com uma mordacidade ternurenta. :)
Boa nôte!
Já me puseste a rir, jad! XD
Um abraço!
Obrigado, Em@.
É giro, não é?
O encantamento que o dizer nos dá nas suas virtualidades polissémicas, colorido com os regionalismos que nos caracterizam de norte a sul, ilhas incluídas, é, de facto, uma delícia que devemos apreciar, respeitar e preservar. Quando tudo isto é apimentado com a ironia sadia e espontânea temos que rebolar-nos por dentro contentes com o riso.
Pudera, Elenáro! Como poderíamos ficar indiferentes a esta delícia?!
Imaginas as gargalhadas que dei para dentro quando ouvi, logo pela manhã, esta jóia de humor e ironia frescos e puros?
Somos um povo incrível (para o bem e para o mal, claro).
Abraço.
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