Vi este vídeo no Em@. É impossível ficar indeferente a tais imagens de dor e de perda.
Compete-nos fazer a nossa parte para que o drama não se dê.
Mesmo desconhecendo o que o futuro nos destina.
Em boa verdade, é essa incapacidade de dominar o tempo que nos impõe o imperativo de zelar para que o nosso agir possa impedir a desgraça. Como um dever.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
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8 comentários:
a poesia não vive das palvras que bocejam desde os andaimes e as estantes, cortejando o pó; a poesia vive das palavras que têm pernas e braços inaugurando as acções que reclamam. como eugénio de andrade as definia, afinal. um abraço, caro jad!
Cada um de nós tem de ser responsável pelas suas atitudes! A sociedade parece cada vez mais fechada em si, esquecendo regras de civismo e comportamentos que gerem a vida em sociedade!
Abraço!
Aceita-se a violência da imagens em nome da preservação da vida de familiares e amigos que tanto nos custaria perder.
é forte! é violento! mas tem sido eficaz nos países que adoptaram este tipo de intervenção!
olá , Jad!
regressei e vim avisar-te que tens um desafio no Em@
beijo
Boa tarde, Jorge. Mil desculpas pela demora em exprimir o meu apreço pelo que aqui deixas que, diga-se de passagem, já deves sabê-lo.
Sabes certamente da dimensão cosmogónica da palavra dos livros sagrados, das crónicas mitológicas e mitogónicas e, claro, da palavra grega antiga, que é tudo isso, e que Heidegger tão bem mostrou.
É na poesia que a palavra melhor exprime esse poder criador e é também na poesia que melhor se respira essa força cosmogónica que o homem tem no uso profano que da palavra faz.
Abraço
Boa tarde, JB.
Reafirmo as mil desculpas que a presentei ao Jorge.
Com toda a razão, JB, a responsabilidade tem acima de tudo uma dimensão ética. É, pois, um dever. Acontece, porém, como todos sabemos, que a responsabilidade, por ter uma dimensão ética, exige sempre o outro como seu destino, seja o outro quem ou o que for. E é aqui que surge o problema: temos andado (penso que sobretudo a partir dos anos oitenta com o liberalismo e neoliberalismo, mas igualmente com os totalitarismos, o que parece contarditório...) a excluir o outro, a matá-lo com o egocentrismo narcísico com que habitamos a estrada da vida.
Abraço
Obrigado, Graza. Também mil desculpas.
É verdade, estamos dispostos a suportar tamanha violência porque acreditamos que ela pode evitar nova violência de novas imagens, porque acreditamos no seu poder cártico e terapêutico. E ainda bem.
Pelo menos é assim que as vejo e que me levará a usá-las na abertura do ano lectivo com as minhas turmas do 10º ano.
Abraço
Boa tarde, Em@. Mil desculpas tambám para ti.
Eu ainda não regressei propriamente. Dispuz de algum tempo para atenuar a vergonha de ainda não ter agradecido os comentários dos amigos. Hei-de regressar daqui a uns dias. Se não te importares, tratarei nessa altura do teu desafio, que agradeço desde já.
As imagens de dor e de perda batem-nos muito forte lámuito no fundo, onde todo o esforço de controlo racional é inútil. É o medo da perda do que de mais visceral nos toca: a vida, a nossa e a daqueles que nos dão sentido: os queridos, os que amamos. E porque todos andamos na estrada e todos estamos sujeitos à perda a violência das imagens é a violência da perda.
Se alguma pudermos evitar que não fiquemos de braços cruzados.
Abraço.
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