quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Talvez Poema

15.
Se a vida não fosse mais do que manhã
o que faríamos da noite
em que moramos vestidos de sonhos e de fantasmas?

O que faríamos das sombras
que nos ocupam o olhar quando os passos
se perdem em caminhos já percorridos?

O que faríamos de nós?
O que faríamos?

4 comentários:

Em@ disse...

Ai se a vida não fosse mais do que manhã, eu não saberia o que inventar porque é de noite que desperto.

(tenho um poema que fala disso. Já foi postado no prof.Qualquer dia posto-o no Em@.)

Abraço, jad!

jad disse...

Obrigado, Em@.

Perturba-me muito a luminosidade transparente das pessoas sem sombra, das pessoas que vivem acima da condição precária do viver humano, das pessoas que se escondem das suas próprias sombras como se não elas dependesssem da luz que as ilumina.

Temos os nossos fantasmas as nossas sombras. Estimemo-los mas não deixemos que tomem conta de nós.

Abraço.

Em@ disse...

Sabes que duvido muito dessa transparência?
Nem as coisas são
transparentes...quanto mais as pessoas.
Têm é medo de serem apelidadas de "esquisitas", "loucas", "diferentes" ou "com manias".
Quando se olham ao espelho vêem somente a máscara do dia.Aquela que põem para olhar os outros e o mundo.

Abraço

jad disse...

Ou então receiam ver-se a si mesmos e escondem-se das sombras voltando-se para a luz com medo dos fantasmas que lhes atormentam os passos.

Abraço