domingo, 10 de janeiro de 2010

Neve e Talvez Poema

Hoje nevou no meu quintal horas a fio mas a neve não foi suficientemente persistente e acabou por desaparecer. Ficou o frio e a terra.
O que nos trará a noite? Que alvura nos acordará quando o despertador nos atormentar o sono? Veremos quando o sol nascer.
É tempo de irmos ao Sul, onde o Sol aqueça corpos e almas.

14.
Adiafa

Há em nós a memória de gostos e sabores de outros tempos. Gostos e sabores espraiados nas planuras do sul, abertos ao encanto dos sentidos. A memória de viagens e ritos antigos. A memória do banquete no calor festivo das cigarras.

Há em nós o desejo da visita desses gostos e sabores nos tempos e lugares da memória. Ao sul. Na brancura da cal, no calor do trigo, no perfume da esteva, no ouro do azeite, na festa do vinho.

É esse o tempo da Adiafa.

6 comentários:

Em@ disse...

Falas no Sul e eu caio para o lado com o peso das saudades.
O Sul é isso tudo e tu (d)escreveste-o bonito.
Gostei.
Agora amplia isso tudo pela luz...que o sul tem e fica perfeita a memória!
:)

jad disse...

A luz e o silêncio das paisagens sem fim,
onde as sombras se escondem
entre azinheiras e embondeiros
e as memórias habitam
despidas do tempo em que se fizeram.
Deixemo-las estar.
Não importunemos sua quietude.
Nem seu encantamento.
Aspiremos o silêncio
e cerremos o olhar
para o sol entrar.

Está melhor?!
Abraço

jad disse...

Há um espaço no início que não devia lá estar.
Desculpem a "autonomia" do meu teclado :):)

Em@ disse...

:)))

o outro continua bonito.ambos pertencem ao tempo de hoje. aqui não há neve, mas bruma, frio e lama. do sol resta um pouquinho da memória de ontem .
"Aspiremos o silêncio
e cerremos o olhar
para o sol entrar."
nem que para isso o tenhamos que o pintar.
Abraço

jad disse...

Pintemo-lo então de arco~íris.

Em@ disse...

Pintei um que vou postar agora, mas ainda sem arco-íris. :(