Há 40 anos foi Le genou de Claire de Eric Rohmer.
Hoje é a homenagem ao cineasta da palavra que quis ser escritor, no dia seguinte ao seu falecimento. Não à morte, que se alimenta do esquecimento.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
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3 comentários:
Nunca soube bem porquê, odiei este filme. Talvez porque há uma pressão inaceitável de um adulto sobre uma cachopinha. A Claire nem sequer é seduzida, é perseguida. E, talvez, porque aquela carícia final sobre o joelho me tenha parecido uma violação simbólica.
Gostava de conhecer outras interpretações do filme.
Concordo como Tacci. :(
Tacci e Em@
Como ainda não vi o filme como tal, andei a fazer alguma pesquisa e concluí que as reacções são muito diversas. Há quem faça elogios embevecidos e há quem o tenha detestado, como vocês; há quem veja nele uma obra de um erotismo elegante e de uma fixação freudiana no «Pole magnétique du désir» - o joelho de Claire; há, enfim, quem valorize o amor estético pela beleza feminina ao lado da beleza da paisagem.
Vi a última cena e concordo que é possível vê-la como "uma violação simbólica". Mas não seria igualmente possível entendê-la como o distanciamento devido ao ser que se admira mais do que se ama e a consequente inacessibilidade do amor? Como se o joelho fosse o elemento sincrético do ser que se venera e ao qual Jérome não se pode unir sob risco de morrer, como Caillois diz do sagrado. Será?!
Abraço
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