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Despedida
Da tua poltrona de morte solta-se o grito impotente
no silêncio de dor e coragem com que fizeste tua condição
de mãe
Nasceste comigo no grito de amor e de prece
e cedo teus olhos de âmbar escureceram tristes
com a dor sem remédio
com que de negro vestiste
teu corpo curvado
envelhecido
Escapa-se-te o sonho!
Morres-te!
Restas-te na memória antiga dos sonhos que fizeste.
Desde sempre habitas meus passos andarilhos
da vida inquieta
que em ti nasceu.
Sobras-me na memória do tempo que em ti se fez
Sobras-me inteira no silêncio do arco-íris
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
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