domingo, 31 de janeiro de 2010
APF - Sexualidades
Está disponível no sítio da APF-Associação de Professores de Filosofia (http://http//www.apfilosofia.org/Sexualidade(s)_net.pdf) o programa e a ficha de inscrição no 24º Encontro de Filosofia.
O Encontro "tem este ano o formato de Almoço-debate e é dedicado ao tema “Sexualidade(s)”. O tema será abordado por Paulo Gama Mota, Miguel Vale de Almeida e Teresa Gonçalves. Neste encontro será importante a disponibilidade para o debate de todos os participantes. O almoço está incluído no valor da inscrição.
Do ponto de vista associativo é muito importante que possa estar presente para que a chama que mantém a Associação de Professores de Filosofia não se extinga. É a única oportunidade anual para nos juntarmos, trocarmos ideias, partilhar angústias, descobrir novas ideias. Por isso, é muito importante a sua participação no Encontro e na Assembleia Geral, que este ano será eleitoral.
Marque presença! O local de encontro é o Hotel D. Luís, em Coimbra.
Saudações cordiais,
A Direcção da Associação de Professores de Filosofia".
Se outras razões não houvesse para participar no Encontro bastaria a possibilidade de encontrar colegas e amigos dispersos que, fruto do ritmo, dos afazeres, dos trabalhos, da distância, aproveitam o Encontro para se encontrar. Há, porém, outras razões: conversar e discutir com professores e investigadores sobre temas de manifesta actualidade e interesse.
É verdade que o acesso à informação e a bons textos já não está limitado pela dificuldade anterior à generalização do uso da web. Mas olhar nos olhos o dizer dos conversadores/faladores/locutores/oradores (consoante a dimensão que quisermos valorizar na relação comunicacional) é insubstituível na construção do sentido. Porque, evidentemente, o sentido é uma construção que se faz na relação linguageira entre os falantes.
A este propósito faço-me socorrer de um excerto de A Educação como Comunicação Normativa:
"O sentido não se oferece, nem é dado. O sentido faz-se no jogo intercomunicacional envolvendo sujeitos historicamente situados. Constrói-se no labor intersubjectivo do uso linguageiro de sujeitos pertencendo a um grupo ou a uma comunidade. Constrói-se, portanto, nos jogos de linguagem desenvolvidos na prática linguageira quotidiana dos sujeitos em inter-relação comunicacional, segundo o suporte de razões e argumentos contextualizados; "uma coisa é certa, diz Michel Meyer (s/d, Lógica, Linguagem e Argumentação, Lisboa, Ed. Teorema, p. 115) : a linguagem natural ignora a neutralidade contextual, e é no contexto de uso que se enraízam as condições de sentido" Com efeito, "a descoberta do sentido provém do contexto e da informação que ele contém para o auditório" (idem: 140). Por outro lado, a concepção problematológica de Meyer leva-o a considerar que "o sentido não é nem a resposta, nem a questão, mas o elo questão-resposta. É o problema a resolver que dá o sentido à solução que esta não possui isoladamente" (idem: 139). De resto, neste processo de questionamento a resposta "diz o que diz sem dizer que o diz" (idem: 140), afirmando mais qualquer coisa para além do que estava implícito na questão: "ela diz aquilo acerca do qual se pergunta, e porque há resposta, di-lo como não havendo mais pergunta. Esta manifesta-se como ausência necessária à presença do discurso" (ibid.). Por isso, a presença de uma questão "enquanto algo implícito no dizer, consagrado pela resposta, actuando de forma interna, tem um sentido" (idem: 141). Este questionamento exige o hic et nunc contextual. Neste sentido, "o contexto inclui a ligação ao Outro, ao qual nos dirigimos, e consequentemente, engloba a situação do locutor, assim como a reflexividade da qual se autoriza a linguagem, pelo que o ponto de vista exteriorizado do Outro sobre si é uma possibilidade de linguagem global. Se existe o Outro, existe o Eu que lhe fala, e um não é concebível sem o outro, incluindo a possibilidade que o Eu tem de captar a posição que o Outro adopta a seu respeito, apreensão que é forçosamente reflexão" (idem: 115)".
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
1970 - 40 anos
Há 40 anos foi Jonathan Livingston Seagul de Richard Bach.
Três anos mais tarde era o filme e o disco.
Aqui e agora Lonely looking sky .
Três anos mais tarde era o filme e o disco.
Aqui e agora Lonely looking sky .
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Talvez Poema
15.
Se a vida não fosse mais do que manhã
o que faríamos da noite
em que moramos vestidos de sonhos e de fantasmas?
O que faríamos das sombras
que nos ocupam o olhar quando os passos
se perdem em caminhos já percorridos?
O que faríamos de nós?
O que faríamos?
Se a vida não fosse mais do que manhã
o que faríamos da noite
em que moramos vestidos de sonhos e de fantasmas?
O que faríamos das sombras
que nos ocupam o olhar quando os passos
se perdem em caminhos já percorridos?
O que faríamos de nós?
O que faríamos?
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Saudação
Era o início do dia, os mecânicos cumprimentavam-se. Saudavam-se sorridentes. Ele vestia de azul, calças e tshirt, barriga saliente, redonda, de cerveja, diz-se. Cruzou-se com outro mecânico entre automóveis de boca aberta. Saudou-o.
Ainda bem que te beijo.
Beijo de ver
não de beijar
que isso não é para homens.
Gargalharam, cúmplices e satisfeitos na sua masculinidade sublinhada.
Ainda bem que te beijo.
Beijo de ver
não de beijar
que isso não é para homens.
Gargalharam, cúmplices e satisfeitos na sua masculinidade sublinhada.
Poema
Solidão
A solidão é como uma chuva.
Ergue-se do mar ao encontro das noites;
de planícies distantes e remotas
sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.
Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
e quando aqueles que se odeiam
têm de dormir juntos na mesma cama:
então, a solidão vai com os rios...
Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"
Tradução de Maria João Costa Pereira
A solidão é como uma chuva.
Ergue-se do mar ao encontro das noites;
de planícies distantes e remotas
sobe ao céu, que sempre a guarda.
E do céu tomba sobre a cidade.
Cai como chuva nas horas ambíguas,
quando todas as vielas se voltam para a manhã
e quando os corpos, que nada encontraram,
desiludidos e tristes se separam;
e quando aqueles que se odeiam
têm de dormir juntos na mesma cama:
então, a solidão vai com os rios...
Rainer Maria Rilke, in "O Livro das Imagens"
Tradução de Maria João Costa Pereira
1970 - 40 anos
Há 40 anos, há exactamente 40 anos, foi Bridge Over Troubled Waters, um dos mais belos álbuns da música pop anglo-americana.
Aqui, no Nós, disponibilizaremos uma por semana, todas as suas canções. Para deleite próprio e de todos os que se pensam e sentem “como uma ponte sobre águas turbulentas”.
Aqui, no Nós, disponibilizaremos uma por semana, todas as suas canções. Para deleite próprio e de todos os que se pensam e sentem “como uma ponte sobre águas turbulentas”.
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
A Minha Escola - Prolegómenos
A Minha Escola é uma construção humana. É, pois, portadora das virtudes e dos limites dos homens que a foram fazendo à medida da sua historicidade. É, por isso, imperfeita na sua organização, limitada nos saberes que mobiliza, inacabada na sua construção. É, também por isso, uma organização dinâmica que se constrói no espaço e no tempo da historicidade dos sujeitos que a fazem. Neste sentido, a Minha Escola constrói-se entre a memória e a utopia. É um projecto.
A escola como projecto é herdeira de modos de ser, pensar, dizer e fazer que nos identificam como homens, como cultura, como civilização. Aqui e agora. Noutro tempo, noutro lugar outros seriam os saberes e os valores sobre os quais se construiria e lhe dariam razão de ser. Noutro tempo, noutro lugar outra seria a sua organização e sentido. Noutro tempo, noutro lugar outros seriam os sujeitos que a fariam, a dinamizariam e a destinariam. Outros seriam a sua finalidade. Neste sentido, centrada na historicidade dos sujeitos que a fazem, mobilizadora de modos de ser, pensar, dizer e fazer identitários do tempo e espaço que habitamos, a escola como projecto projecta-se no futuro, projecta o futuro na convicção de que apenas o presente, herdeiro de todos os presentes que se fizeram passado, o fará. É uma utopia.
A escola como utopia alimenta-se dos sonhos dos sujeitos que a fazem. Sujeitos que pensam, que estudam, que sabem, que ensinam; sujeitos que pensam, que estudam, que não sabem, que aprendem; sujeitos que pensam, que estudam, que falam, que dizem. Que comunicam. E, porque comunicam, põem em comum modos diferentes de ser, pensar, dizer e fazer e na diferença se reconhecem uns aos outros. Uns nos outros. E na diferença buscam pontes. Pontes que buscam a partilha da diferença. Sem a eliminar, sem a dominar, sem a absorver. Na convicção de que apenas a diferença nos faz idênticos, que somos o que somos no absoluto respeito pelo que não sou eu, que apenas somos porque não somos iguais, porque nos fazemos diferentes no que sabemos, no que pensamos, no que dizemos, no que fazemos, nos valores com que nos fazemos.
A Minha Escola constrói-se com valores. Diferentes mas nunca inócuos. Como uma casa a Minha Escola constrói-se com quatro paredes essenciais: a liberdade, a solidariedade, a tolerância e o respeito. Há outras paredes, umas melhores, outras piores, mas estas são as fundantes da Minha Escola. Aqui habita o saber e o dever. O saber da ciência, da filosofia, da poesia, da música, da literatura, da arte. Aqui habitam os valores éticos, estéticos, religiosos. Diferentes. Essenciais.
Finalmente, a Minha Escola destina-se a quem não sabe e quer aprender mas centra-se em quem sabe e quer ensinar. Há, pois, na Minha Escola a premência do dever, o imperativo ético que obriga quem sabe a ensinar, que obriga quem não sabe a aprender. O imperativo ético do absoluto respeito pelo outro pelas razões da sua diferença. O imperativo ético do dever de recurso aos melhores meios para que quem sabe ensine e quem não sabe aprenda. Meios, métodos, caminhos. Meios humanos, físicos, económicos, políticos; métodos científicos, pedagógicos, didácticos; caminhos comunicacionais, linguísticos, audiovisuais.
A Minha Escola é um projecto em construção na diferença de modos de ser, pensar, dizer e fazer de homens e mulheres com os ouvidos no passado, os passos no presente e o olhar no futuro.
Esta é a primeira pedra. Seguir-se-ão outras com a ajuda, colaboração e mestria de todos os que, de uma forma ou de outra, contribuem e contribuíram para a construção da Minha Escola. Bem-vindos.
A escola como projecto é herdeira de modos de ser, pensar, dizer e fazer que nos identificam como homens, como cultura, como civilização. Aqui e agora. Noutro tempo, noutro lugar outros seriam os saberes e os valores sobre os quais se construiria e lhe dariam razão de ser. Noutro tempo, noutro lugar outra seria a sua organização e sentido. Noutro tempo, noutro lugar outros seriam os sujeitos que a fariam, a dinamizariam e a destinariam. Outros seriam a sua finalidade. Neste sentido, centrada na historicidade dos sujeitos que a fazem, mobilizadora de modos de ser, pensar, dizer e fazer identitários do tempo e espaço que habitamos, a escola como projecto projecta-se no futuro, projecta o futuro na convicção de que apenas o presente, herdeiro de todos os presentes que se fizeram passado, o fará. É uma utopia.
A escola como utopia alimenta-se dos sonhos dos sujeitos que a fazem. Sujeitos que pensam, que estudam, que sabem, que ensinam; sujeitos que pensam, que estudam, que não sabem, que aprendem; sujeitos que pensam, que estudam, que falam, que dizem. Que comunicam. E, porque comunicam, põem em comum modos diferentes de ser, pensar, dizer e fazer e na diferença se reconhecem uns aos outros. Uns nos outros. E na diferença buscam pontes. Pontes que buscam a partilha da diferença. Sem a eliminar, sem a dominar, sem a absorver. Na convicção de que apenas a diferença nos faz idênticos, que somos o que somos no absoluto respeito pelo que não sou eu, que apenas somos porque não somos iguais, porque nos fazemos diferentes no que sabemos, no que pensamos, no que dizemos, no que fazemos, nos valores com que nos fazemos.
A Minha Escola constrói-se com valores. Diferentes mas nunca inócuos. Como uma casa a Minha Escola constrói-se com quatro paredes essenciais: a liberdade, a solidariedade, a tolerância e o respeito. Há outras paredes, umas melhores, outras piores, mas estas são as fundantes da Minha Escola. Aqui habita o saber e o dever. O saber da ciência, da filosofia, da poesia, da música, da literatura, da arte. Aqui habitam os valores éticos, estéticos, religiosos. Diferentes. Essenciais.
Finalmente, a Minha Escola destina-se a quem não sabe e quer aprender mas centra-se em quem sabe e quer ensinar. Há, pois, na Minha Escola a premência do dever, o imperativo ético que obriga quem sabe a ensinar, que obriga quem não sabe a aprender. O imperativo ético do absoluto respeito pelo outro pelas razões da sua diferença. O imperativo ético do dever de recurso aos melhores meios para que quem sabe ensine e quem não sabe aprenda. Meios, métodos, caminhos. Meios humanos, físicos, económicos, políticos; métodos científicos, pedagógicos, didácticos; caminhos comunicacionais, linguísticos, audiovisuais.
A Minha Escola é um projecto em construção na diferença de modos de ser, pensar, dizer e fazer de homens e mulheres com os ouvidos no passado, os passos no presente e o olhar no futuro.
Esta é a primeira pedra. Seguir-se-ão outras com a ajuda, colaboração e mestria de todos os que, de uma forma ou de outra, contribuem e contribuíram para a construção da Minha Escola. Bem-vindos.
domingo, 17 de janeiro de 2010
Bom dia
O sol já brilhou, o galo já cantou, o amor já despertou, a preguiça já abalou, a torrada já torrou, o café já chamou, o domingo já chegou e o sonho regressou.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
1970 - 40 anos
Há 40 anos foi Le genou de Claire de Eric Rohmer.
Hoje é a homenagem ao cineasta da palavra que quis ser escritor, no dia seguinte ao seu falecimento. Não à morte, que se alimenta do esquecimento.
Hoje é a homenagem ao cineasta da palavra que quis ser escritor, no dia seguinte ao seu falecimento. Não à morte, que se alimenta do esquecimento.
domingo, 10 de janeiro de 2010
Neve e Talvez Poema
Hoje nevou no meu quintal horas a fio mas a neve não foi suficientemente persistente e acabou por desaparecer. Ficou o frio e a terra.
O que nos trará a noite? Que alvura nos acordará quando o despertador nos atormentar o sono? Veremos quando o sol nascer.
É tempo de irmos ao Sul, onde o Sol aqueça corpos e almas.
14.
Adiafa
Há em nós a memória de gostos e sabores de outros tempos. Gostos e sabores espraiados nas planuras do sul, abertos ao encanto dos sentidos. A memória de viagens e ritos antigos. A memória do banquete no calor festivo das cigarras.
Há em nós o desejo da visita desses gostos e sabores nos tempos e lugares da memória. Ao sul. Na brancura da cal, no calor do trigo, no perfume da esteva, no ouro do azeite, na festa do vinho.
É esse o tempo da Adiafa.
O que nos trará a noite? Que alvura nos acordará quando o despertador nos atormentar o sono? Veremos quando o sol nascer.
É tempo de irmos ao Sul, onde o Sol aqueça corpos e almas.
14.
Adiafa
Há em nós a memória de gostos e sabores de outros tempos. Gostos e sabores espraiados nas planuras do sul, abertos ao encanto dos sentidos. A memória de viagens e ritos antigos. A memória do banquete no calor festivo das cigarras.
Há em nós o desejo da visita desses gostos e sabores nos tempos e lugares da memória. Ao sul. Na brancura da cal, no calor do trigo, no perfume da esteva, no ouro do azeite, na festa do vinho.
É esse o tempo da Adiafa.
1970 - 40 anos
Há 40 anos foi your song de Elton John e Bernie Taupin e as promessas e os sonhos e os amores.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
"Foi divulgada a lista das dez obras finalistas do Prémio Literário Casino da Póvoa, para a edição de 2010 do Correntes d’Escritas, que irá decorrer entre 24 e 27 de Fevereiro.
São elas, e por ordem alfabética:
A Eternidade e o Desejo, Inês Pedrosa
A Mão Esquerda de Deus, Pedro Almeida Vieira
A Sala Magenta, Mário de Carvalho
Myra, Maria Velho da Costa
O apocalipse dos trabalhadores, valter hugo mãe
O Cónego, A. M. Pires Cabral
O Mundo, Juan José Millás
O verão selvagem dos teus olhos, Ana Teresa Pereira
Rakushisha, Adriana Lisboa
Três Lindas Cubanas, de Gonzalo Celorio
Esta lista de dez obras finalistas foi seleccionada pelo júri, constituído por Carlos Vaz Marques, Dulce Maria Cardoso, Fernando J.B. Martinho, Patrícia Reis, Vergílio Alberto Vieira. No total, foram submetidos a concurso 160 livros de autores de língua portuguesa, castelhana ou hispânica, com obras em 1ª. edição, em português e editadas em Portugal entre Julho de 2007 e Junho de 2009, excluindo-se as obras póstumas e ainda aquelas da autoria de galardoados com o Prémio Literário Casino da Póvoa nos últimos seis anos.
Grato a Em@ de cujo blogue excertei esta notícia.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Os políticos são…
Estou a pedir orçamentos para painéis foto voltaicos em micro-geração. Hoje fui visitado pelo representante de uma das marca. Fotografou o quadro da EDP, subimos ao telhado, fez considerações sobre o assunto que o tinha trazido a minha casa, apresentou-me um dossier com as informações mais importantes, incluindo o orçamento.
Começou então a conversa interessante. Contou da sua aventura na guerra na Guiné, nos States, na América Latina, numa estação de TV nacional, na caça ao veado, com muitas personalidades da TV, do futebol e, claro, da política. Contou histórias deste e daquele (a maior parte delas pouco edificantes para os seus autores) até ao clímax:
“Os políticos são como os espermatozóides: todos querem fecundar. Não se dá por eles mas quando chega a altura de constituição das listas começam todos na corrida para o lugar”.
Andamos nós à procura de definições e caracterizações para aqueles que se dedicam à política que digam aos alunos quão digna, interessante e importante é a actividade dos decidem do nosso viver colectivo e afinal é tão simples!...
Começou então a conversa interessante. Contou da sua aventura na guerra na Guiné, nos States, na América Latina, numa estação de TV nacional, na caça ao veado, com muitas personalidades da TV, do futebol e, claro, da política. Contou histórias deste e daquele (a maior parte delas pouco edificantes para os seus autores) até ao clímax:
“Os políticos são como os espermatozóides: todos querem fecundar. Não se dá por eles mas quando chega a altura de constituição das listas começam todos na corrida para o lugar”.
Andamos nós à procura de definições e caracterizações para aqueles que se dedicam à política que digam aos alunos quão digna, interessante e importante é a actividade dos decidem do nosso viver colectivo e afinal é tão simples!...
Dos amigos para os amigos
A blogosfera tem destas coisas: ainda mal aqui chegámos e amigos que aqui nasceram ofertam-nos uma medalha, como um selo que se nos cola e nos identifica, pertencentes a uma espécie de comunidade que se alimenta de laços de solidariedade e de afecto.
Muito obrigado à Em@ por este "selo" que estendo a todos os amigos que visitam o Nós e cá deixam as suas pegadas.
Muito obrigado à Em@ por este "selo" que estendo a todos os amigos que visitam o Nós e cá deixam as suas pegadas.
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Talvez Poema
13.
As palavras
As palavras soltam-se das mãos
hábeis do artesão
que as trabalha com a ternura
que se dedica aos seres
frágeis receoso
que se desvaneçam
em gestos desmedidos
As palavras instalam-se na voz
da escrita
que ouvidos atentos
hão-de alimentar nos sonhos
que hão-de semear
nas margens fugazes
do tempo
em que nos fazemos
As palavras são a voz
do silêncio primordial
que nos habita
As palavras
As palavras soltam-se das mãos
hábeis do artesão
que as trabalha com a ternura
que se dedica aos seres
frágeis receoso
que se desvaneçam
em gestos desmedidos
As palavras instalam-se na voz
da escrita
que ouvidos atentos
hão-de alimentar nos sonhos
que hão-de semear
nas margens fugazes
do tempo
em que nos fazemos
As palavras são a voz
do silêncio primordial
que nos habita
Stabat Mater
No dia dos trezentos anos do nascimento de Pergolesi (4. 01. 1710 – 16. 03. 1736), autor de uma das mais influentes composições de crácter religioso: Stabat Mater.
sábado, 2 de janeiro de 2010
Poema
Poemas são como vitrais pintados!
Poemas são como vitrais pintados!
Se olharmos da praça para a igreja,
Tudo é escuro e sombrio;
E é assim que o Senhor Burguês os vê.
Ficará agastado? — Que lhe preste!...
E agastado fique toda a vida!
Mas — vamos! — vinde vós cá para dentro,
Saudai a sagrada capela!
De repente tudo é claro de cores:
Súbito brilham histórias e ornatos;
Sente-se um presságio neste esplendor nobre;
Isto, sim, que é pra vós, filhos de Deus!
Edificai-vos, regalai os olhos!
Johann Wolfgang von Goethe, in "Poemas"
Tradução de Paulo Quintela
Poemas são como vitrais pintados!
Se olharmos da praça para a igreja,
Tudo é escuro e sombrio;
E é assim que o Senhor Burguês os vê.
Ficará agastado? — Que lhe preste!...
E agastado fique toda a vida!
Mas — vamos! — vinde vós cá para dentro,
Saudai a sagrada capela!
De repente tudo é claro de cores:
Súbito brilham histórias e ornatos;
Sente-se um presságio neste esplendor nobre;
Isto, sim, que é pra vós, filhos de Deus!
Edificai-vos, regalai os olhos!
Johann Wolfgang von Goethe, in "Poemas"
Tradução de Paulo Quintela
sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
1970 - 40 anos
Há 40 anos foi o Concerto de Ano Novo pela Filarmónica de Viena.
Ano Feliz para todos.
Ano Feliz para todos.
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