tag:blogger.com,1999:blog-5720450311723173456.post6998901189092308505..comments2023-08-07T11:46:54.821+01:00Comments on nós: Opacidade e transparência no dizer educativo - Introduçãojadhttp://www.blogger.com/profile/03666668771373276929noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-5720450311723173456.post-52933506997147224972010-07-16T17:42:07.526+01:002010-07-16T17:42:07.526+01:00Boa tarde, Elenáro
Antes de mais, as minhas descu...Boa tarde, Elenáro<br /><br />Antes de mais, as minhas desculpas por só agora corresponder ao teu comentário.<br /><br />Quanto ao problema da univocidaade da imagem-tv, para além do que refiro no ponto(post) 1, acentuo que, se por qualquer razão, se impedisse a ligação entre os dois hesmiférios cerebrais, o telespectador continuaria a ver a imagem, a reconhecer o que ela apresentava mas seria incapaz de reflectir sobre ela e de sobre ela falar. Bastava-lhe a imagem. É o que se passa com o telespectador-consumidor de tv: alimenta-se da imagem-tv e organiza o mundo à sua imagem. Não pensa, não relecte sobre ela. Não vê outro sentido para além do imediato que lhe entra pelos olhos dentro. É neste sentido que a imagem-tv é trnasparente. E é por isso que é tão acessível e aceitável.<br /><br />É pelo menos ao que vou chegando na investigação que vou fazendo sobre estas questões.<br /><br />Obrigado, Elenáro. <br /><br />Estou a pensar escrever um pequeno texto especifiamente para refletir sobre a relação entre a palavra (o texto), a imagem e os cérebros (direito e esquerdo). Espero pelas tuas dúvidas e questões.jadhttps://www.blogger.com/profile/03666668771373276929noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5720450311723173456.post-69893876669224542072010-07-06T13:17:34.177+01:002010-07-06T13:17:34.177+01:00Jad
Penso que não é possível ver uma imagem e não...Jad<br /><br />Penso que não é possível ver uma imagem e não reflectir sobre ela, consciente ou inconscientemente. Repara que não é possível vermos uma imagem e ficarmos indiferentes como tu bem disseste.<br /><br />Quando vemos algo temos a reacção mais básica, gostamos ou não. Mas isto é ter uma opinião e nem todos vão gostar do mesmo, logo a imagem não pode ser unívoca. <br /><br />A reflexão que tu falas, mais profunda, é de facto a posteriori mas também o é a reacção de gostar ou não. Não podemos gostar de algo antes de vermos. <br /><br />Repara que, todos os dias, somos bombardeados por imagens. Poucas são aquelas que verdadeiramente reparamos e nessas, aquelas que nos fazem fixar a atenção, já estamos a fazer uma análise à partida; já estamos a estabelecer uma interpretação da mesma pois nem tão vão interpretar as coisas da mesma maneira o que leva a que uns fiquem fixados numa imagem a qual outros nem repararão nela. <br /><br />Logo, por este simples facto, a imagem-tv não pode ser unívoca porque para isso teríamos todos de ter as mesmas reacções às mesmas coisas.Elenárohttps://www.blogger.com/profile/11661926371281011714noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5720450311723173456.post-75890840611287349132010-07-06T00:30:17.801+01:002010-07-06T00:30:17.801+01:00Caro Elenáro,
Como referi no comentário ao coment...Caro Elenáro,<br /><br />Como referi no comentário ao comentário da Andrea, espero que o desenvolvimento do texto traga nova perspectivas e abra novos pontos de reflexão e crítica.<br />De qualquer modo, a pertinência da tua observação justifica e merece um comentário meu.<br /><br />Elenáro, a imagem não é unívoca quando sobre ela reflectimos, quer dizer, quando temos tempo para nos debruçarmos sobre o que significará, sobre o sentido. São dois momentos: no primeiro a imagem entra-nos, literalmente, pelos olhos dentro e ficamos encantados ou os seus opostos; no segundo pensamos sobre ela. São também zonas diferentes do cérebro: uma vê a imagem, outra analisa-a e interpreta-a. Mas isto só acontece porque é possível debruçarmo-nos sobre ela. É isto que não é possível fazer com a imagem-tv. Qualquer exercício de interpretação é sempre a posteriori, é sempre sobre o que dela nos ficou. (A não ser, é claro, que analisemos fotograma por fotograma... Mas nesse caso já não é imagem-tv). <br /><br />Tens razão: há mensagens subliminais que estão lá mas que não reconhecemos ou identificamos e que determinam comportamentos e reações que escapam ao nosso controlo, à consciência, à vontade. O problema, se eu o entendo bem, centra-se no espectador, no telespectador: como não tem tempo para se debruçar sobre a torrente de imagens que ininterruptamente vão deslizando pelos seus olhos, aquilo que a imagem diz é tudo o que é possível dizer. Neste sentido, é transparente. Não sobra nada para além do que ela mostra.<br /><br />Com a matemática e a lógica formal passa-se o mesmo: na sua univocidade são transparentes: toda a gente sabe o mesmo sobre o mesmo. Não sobra nada salvo para aqueles que ignoram o significado da própria linguagem matemática e formal. Mas isso é outra coisa.<br /><br />Que isto é polémico e controverso, é; que há muito para discutir, há; que se jogam perspectivas diferenciadas do ponto de vista gnosiológico, epistemológico, linguístico, comunicacional, etc. etc., jogam.<br /><br />É também isso que este(s) textos pretendem provocar.<br /><br />Obrigado, Elenáro, pela participação atenta. Bem-vindo.<br />Abraço.jadhttps://www.blogger.com/profile/03666668771373276929noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5720450311723173456.post-31329910056372725242010-07-05T15:22:43.263+01:002010-07-05T15:22:43.263+01:00Obrigado, Andrea.
Continuo a considerar a express...Obrigado, Andrea.<br /><br />Continuo a considerar a expressão de Luhmann -"Sem comunicação não existem relações humanas nem vida propriamente dita"- como essencial para compreender as relações que estabelecemos uns com os outros e especialmente com aqueles que pretendemos que aprendam aquilo que lhes ensinamos. (Bem sei que os pensadores de Palo Alto defendiam a impossibilidade de não comunicar mas aquela frase de Niklas Luhmann faz uma síntese que me agrada muito). Se pensarmos a relação pedagógica e educativa centrada na comunicação damo-nos conta rapidamente que o sucesso e o insucesso estão directamente ligados ao nível de uso e domínio da língua natural, a língua mãe. Se não a centrarmos na comunicação<br />estou convencido que estamos a passar ao lado daquilo que LaBorderie chama o problema central da educação.<br /><br />Quanto à transparência da linguagem peço o favor de leres o meu comentário ao comentário do Elenáro. Além disso, o desenvolvimento do texto abrirá novas perpectivas e novas pontas de análise e reflexão. Pelo menos assim o espero.<br /><br />Abraço, Andrea. É um privilégio ler-te aqui.jadhttps://www.blogger.com/profile/03666668771373276929noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5720450311723173456.post-3607145815200102922010-07-05T13:42:06.880+01:002010-07-05T13:42:06.880+01:00Olá jad!
Por acaso não concordo muito com a últim...Olá jad!<br /><br />Por acaso não concordo muito com a última parte onde se diz que a linguagem imagem-tv é unívoca e transparente. Aliás, de transparente não terá mesmo nada pois, na maioria das vezes, a imagem-tv transmite uma falsa mensagem ou até mesmo uma não-mensagem. No entanto, para quem ouve poderá dar a ideia perfeitamente oposta.<br /><br />Aliás, também não creio que seja tão taxativo que só a linguagem natural seja plurívoca. <br /><br />Um abraço.Elenárohttps://www.blogger.com/profile/11661926371281011714noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5720450311723173456.post-27311167828627976022010-07-04T03:42:18.693+01:002010-07-04T03:42:18.693+01:00Jad, excelente este texto.
introduz de forma muit...Jad, excelente este texto. <br />introduz de forma muito clara essa dificuldade de ajustar a comunicação, as diferenças da linguagem de quem ensina e quem aprende, de quem fala e quem ouve. Ainda mais num mundo cada vez mais dinâmico, onde os jovens estão cada vez menos dispostos a debruçarem-se sobre o que não compreendem de imediato.<br /><br />fiquei a perguntar-me se a transparência pode ser de todo alcançada...parece-me que não. O dizer subjetivo é nato, e nele há luz e sombras.<br />Mas sou leiga. Apenas quis dizer-te que meus olhos acompanham também estas postagens.<br /><br />um abraçoAndrea de Godoy Netohttps://www.blogger.com/profile/06146549857409838873noreply@blogger.com