tag:blogger.com,1999:blog-5720450311723173456.post5359181587835882538..comments2023-08-07T11:46:54.821+01:00Comments on nós: Esquerda e Direita com "G comme Gauche" de Deleuzejadhttp://www.blogger.com/profile/03666668771373276929noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-5720450311723173456.post-53679757522013230332009-10-12T12:17:03.197+01:002009-10-12T12:17:03.197+01:00Claro que pode.
Lisonjeia-me um pouco mais do que ...Claro que pode.<br />Lisonjeia-me um pouco mais do que eu mereço, mas, como sabes, nunca consegui resistir a um debatezinho civilizado.<br />Outro abraço.taccihttps://www.blogger.com/profile/09531958413549434523noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5720450311723173456.post-61569403668686085892009-10-07T21:46:02.985+01:002009-10-07T21:46:02.985+01:00Tacci amigo, parece-me claro que o teu comentário ...Tacci amigo, parece-me claro que o teu comentário exige reflexão atenta. A ele voltarei, prometo. Acho, de resto, que merece torná-lo mais presente. Por isso, se não te importares colocá-lo-ei num post, que actualizará os comentários que desencadear. Creio que teremos todos a ganhar. Pode ser?!<br />Abraço.jadhttps://www.blogger.com/profile/03666668771373276929noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5720450311723173456.post-37809976505790402812009-10-05T14:26:07.995+01:002009-10-05T14:26:07.995+01:00Zé:
Desculpa este atraso. Andei a pensar nisto e n...Zé:<br />Desculpa este atraso. Andei a pensar nisto e não creio que possa ser de muita ajuda porque, como é o meu pior defeito, raramente leio os autores: transleio-os, se me é permitido inventar a palavra.<br />O que me pareceu, então ao transler Deleuse, foi que todo o conhecimento é um mapeamento feito de redes de noções que não existem umas sem as outras: primeiro construímos o mapa da nossa casa, em torno da nossa mãe, depois o da nossa aldeia em torno da nossa casa e por aí fora, até à construção do mapa-mundo: mas é um mundo estrictamente particular porque é feito de vivências. E, claro, os mapas condicionam a percepção.<br />Para dar um exemplo banal: um jovem do Barreiro, filho de comunistas dos duros, operários assumidos, construirá um mapa da realidade completamente diferente da do jovem lisboeta. A razão disto está, julgo eu, no facto de que estes mapas que condicionam a percepção não são construídos a partir de conceitos, mas de esquemas empíricos. Estes, por sua vez, dependem do concreto: o esquema de «esmola», por exemplo, será completamente diferente em quem a pede, do que será em quem a dá, mesmo se ambos, na catequese, aprenderam o mesmo conceito.<br />Deleuse fala também em intensidades, creio que a propósito do Klossovski. Não tenho a certeza disto que vou acrescentar, mas faz sentido: a intensidade não vem, obviamente, da repetição: vem da diferença. A minha casa repete as casinhas todas do meu bairro, mas há uma diferença fundamental que tem a ver com os afectos (digo eu).<br />Portanto os mapas são mapas de intensidades. Se emigrares para a Austrália, o ponto mais intenso (mais real?)de toda a península Ibérica não será Lisboa, nem Madrid, é tua aldeia.<br />Acho que já me perdi.<br />Mas, só para concluir: eu percebo-me de esquerda e percebo as coisas com essa mesma visão (Deleuse) mas posso agir como de direita (Kant).<br />Marx quis fugir a esta dicotomia prescindindo do plano ético, do dever-ser. E as consequências estão à vista, não estão? <br />Um abraço: como dizia a minha mãe, pára filho, quanto mais falas mais atrapalhas.taccihttps://www.blogger.com/profile/09531958413549434523noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5720450311723173456.post-77222043223544904842009-09-28T18:18:42.042+01:002009-09-28T18:18:42.042+01:00Tacci amigo, palavras "simplórias, à pressa&q...Tacci amigo, palavras "simplórias, à pressa"?! Pois, pois. Já te conheço há muito!...<br /><br />O que poderei dizer?<br />Colocada a distinção ao nível da intencionalidade tens, evidentemente, razão. Mas, se eu entendo bem, a determinação da boa vontade está intimamente ligada à liberdade e esta apresenta-se como uma necessidade, como um imperativo. Se assim for a intencionalidade está ela própria condicionada ao imperativo que nos obriga a agir considerando o outro como um ser livre, isto é, com iguais possibilidades de uso de liberdade. Ora, se tiver razão, o respeito pelo outro como aquele que não sou eu (nos termos em que eu costumo colocar esta questão) creio ser característica da esquerda, pelo menos dos primórdios ideais da esquerda.<br />Mas, claro que tens razão: as coisas não têm dimensão moral, não são boas. nem más. É o uso que delas fazemos que as torna boas ou más. Ou, noutra perspectiva, que me parece ser a que aqui apresentavas, segunda a intenção com que se fazem ou se usam.<br /><br />Parece-me,a este propósito, que a posição de Deleuze pretende escapar a esta problemática dimensão moral colocando a distinção entre esquerda e direita ao nível da percepção.<br /><br />Podes ajudar a esclarecer isto?<br />Abraço.jadhttps://www.blogger.com/profile/03666668771373276929noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5720450311723173456.post-59299280796825847682009-09-28T13:07:45.619+01:002009-09-28T13:07:45.619+01:00Jad:
Só umas palavras simplórias à pressa, posso? ...Jad:<br />Só umas palavras simplórias à pressa, posso? <br />As organizações, claro, têm as suas lógicas próprias. <br />Uma central nuclear não pode deixar de exigir meios de controle e vigilância que, noutro lado qualquer, seriam classificadas como "fascistas", "estalinistas", "guantanamianas". Concentracionárias, no mínimo.<br />Uma central nuclear, no entanto, não é de direita nem de esquerda, pois não? <br />Só quem decide que ela seja construída apesar do que vai exigir de atentados às liberdades individuais.<br />E que queria essa pessoa? Com que sonhava?<br />Com o poder? Com o poder a todo o custo?<br />Para mim, mas eu sou um simplório iconoclasta, como sabes, a linha divisória passa por esses sonhos, ou, se preferirmos pela imagem que fazemos do nosso triunfo próprio.<br />Esquerda e direita, para mim, claro, não têm nada de objectivo: são do domínio das intenções.<br />Se nos imaginamos a triunfar «contra» o nosso próximo (ele é apenas um meio), somos de direita. Se nos imaginamos a triunfar «com» ele (o fim dos nossos actos), somos de esquerda. <br />A «vontade boa» kanteana, no fundo.<br />E se alguém que se julga de direita se sentir magoado porque sabe que tem essa «vontade boa», mas não quer ser de esquerda, ele que troque as palavras à vontade.<br />Não é isso que tem importância, pois não?<br />Só o diálogo que encetar connosco.<br />Pronto: alonguei-me mais do que queria.<br />E alguém que me diga onde é que estou errado, por favor.<br />Um abraço.taccihttps://www.blogger.com/profile/09531958413549434523noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5720450311723173456.post-48114420227923342962009-09-26T15:04:55.958+01:002009-09-26T15:04:55.958+01:00Obrigado, Elenáro.
Igualmente para si. Penso que ...Obrigado, Elenáro.<br /><br />Igualmente para si. Penso que ainda havemos de nos visitar mais vezes durante o fim de semana.<br />Abraçojadhttps://www.blogger.com/profile/03666668771373276929noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-5720450311723173456.post-66358179478565522962009-09-26T14:34:01.961+01:002009-09-26T14:34:01.961+01:00O último paragrafo resume de forma excelente a rea...O último paragrafo resume de forma excelente a realidade. Concordo com a sua fantástica análise! <br /><br />Continuação de um excelente fim de semana!Elenárohttps://www.blogger.com/profile/11661926371281011714noreply@blogger.com